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Naquela tarde eu tomei café, um café forte, a ressaca estava me matando e era domingo, uma tarde de inverno em pleno domingo, tentei ler um livro, tentei dormir de novo, liguei pra um amigo seu e disse que tinha feito seu café, ele riu e mandou eu jogar fora. Eu tomei, porque te sentia por perto quando aquela coisa quente descia pela minha garganta, era como se você estive ali.
Naquela tarde eu tomei café, enquanto o vento bagunçava meu cabelo e ao mesmo tempo gelava minhas bochechas rosadas. Você nunca mais me ligou e eu não te vejo mais no nosso cursinho de inglês, acho que depois da nossa última briga você nem quer mais olhar na minha cara. Te entendo, nem eu quero conviver mais com essa pessoa que mora dentro de mim.
Naquela tarde eu tomei café, lembrei de como éramos felizes e chorei feito criança. Abracei meu travesseiro e fiquei deitada sentindo sua falta. Você ficou de vir buscar suas mudas de roupa e seu CD do Nando Reis, ainda te espero, mas quando vier buscar me avisa, podemos tomar café juntos.
Naquela tarde eu tomei café, mas prometi pra mim mesma que aquela seria minha última xícara de café, minha última tarde de domingo perdida por sua causa. Quanto as suas roupas, coloquei todas numa caixa e deixei na casa do seu amigo. Não te avisei, mas troquei o número do meu celular e não faço mais cursinho de inglês naquela escola. Agora faço questão de conviver com essa pessoa que mora dentro de mim, ela é sensacional. Estamos indo viver, não sei quando voltaremos.
Dentro daquela caixa amarela tinha tanta história,tanto sentimento, tantas lembranças boas e ruins, por incrível que pareça tinha até amor naquela caixa amarela. Já se passou tanto tempo; pra ser mais precisa já se passaram 4 anos 3 meses e 5 dias, e essa maldita caixa continua no mesmo lugar, você deve se lembrar. Nós costumávamos deixar ela na parte de cima da estante da sala, não tirei ela de lá, a empregada já tentou mudar ela de lugar, e te juro, brigamos feio aquele dia, hoje ela já não bagunça mais o seu perfeccionismo. Ninguém consegue bagunçar tudo que você deixou arrumado por aqui.
No sentido literal da frase mesmo, não mudei nenhum móvel de lugar, não troquei as fechaduras porque sei que você ainda tem a chave. Quem entra aqui e me conhece bem nem discute mais, acho que já se acostumaram com você aqui, tem gente que até acha que estamos juntos ainda, pobres coitados, mal sabem que você só está aqui quando olho pra cima e vejo aquela caixa amarela.
Esses dias trouxe um cara aqui, jantamos e terminamos a noite com uma taça de vinho, estava tudo bem até ele ficar sozinho na sala e começar a mexer na nossa caixa. Tive uma pequena crise e mandei que ele saísse da minha casa na mesma hora. Acordei no dia seguinte com uma mensagem perguntando o que havia acontecido, o que ele havia feito de errado, fingi que respondi e apaguei.
Incrível como você ainda atrapalha meus encontros, mas sei que parte disso é culpa minha por não querer te esquecer de jeito nenhum. É que, você foi pra mim a realização de um sonho bom, pessoas assim não desejamos esquecer nunca.
Mas semana passada resolvi tomar a decisão mais importante que já tomei até hoje, decidi mudar tudo, e quando digo tudo é tudo mesmo, os móveis da casa e a arrumação deles, meu estilo e meu cabelo, estou pensando em ficar ruiva, o que acha? Sempre tive essa vontade mas você sempre disse que isso acabaria com nosso namoro. Mas ele acabou e eu nem precisei ficar ruiva pra isso acontecer. E agora pra realmente mudar e me livrar de tudo que é passado, eu decidi jogar num lixo qualquer aquela maldita caixa amarela que tanto atrasou minha vida.
Talvez você não se interesse muito em saber, mas hoje não sou mais sua, hoje sou minha e me dou a quem eu quiser. Hoje entendo tudo aquilo que todos sempre falavam, hoje colho o amor próprio que havia cultivado há um tempinho atrás. Mas de qualquer forma, te agradeço e digo que não vou mais me lembrar de você como o amor da minha vida que se foi, mas como uma pessoa especial, só. Muito obrigada!
Andei observando e aprendendo muita coisa enquanto estive longe daqui, coisas simples que qualquer um podia ter me ensinado só conversando comigo, não que todos não tivessem tentado me ensinar porque tive que ouvir a mesma coisa de pessoas com pensamentos totalmente diferentes, mas só aprendi quebrando a cara, pagando pra ver, não só uma mas várias vezes. Perdi as contas de quantas vezes cometi o mesmo erro e quantas consequências diferentes os erros me trouxeram.
Começando pela parte boa, pude perceber como estar aqui me faz bem, me tira dessa minha mesmice da vida. Andei meio distante e com a cabeça longe, mas coloquei meus pés no chão e voltei pra realidade. Não posso abandoar meus sonhos assim tão fácil, desistir não faz parte dos meus planos.
Nesses meses que fiquei ausente descobri muita coisa, como músicas de bandas que jamais imaginei gostar (prometo que vou mostrar todas pra vocês), descobri que dormir nem sempre é a melhor opção pra fugir dos problemas; por mais que isso nos faça bem nossa cama não pode nos proteger de tudo.
Passei meses tentando encontrar inspiração pra escrever posts novos, tenho vários aqui apenas como rascunhos, porque tenho um terrível defeito: sempre começo as coisas mas nunca as termino, escrevo começos ótimos, parece até que sei o que estou fazendo mas acabo parando no meio e deixando isso pra lá. Outra promessa que faço à vocês é que qualquer dia termino esses textos e posto aqui.
Acho que agora é aquela hora em que eu falo dos meus erros e de tudo que aprendi com eles, passei tempo demais enrolando pra falar sobre isso. Então lá vai o erro mais clichê de todos, quebrei a cara tentando amar por dois. Se você acha que pode se entregar em uma relação sem que o outro se entregue também você está totalmente errada, até parece que eu não sabia disso, eu sabia muito bem o que estava fazendo porque queria provar pro mundo que essa teoria estava errada. Mas a pior coisa que descobri foi que EU estava errada.
Outra lição que vou levar pro resto da vida é que deixar pra se preocupar com as notas da escola só no último bimestre é a sensação mais desesperadora do mundo e não quero repetir a dose ano que vem, por isso deixo aqui, por escrito, que ano que vem serei uma aluna nota 10 desde o primeiro bimestre (ok, 10 é muito pra mim, mas prometo ser pelo menos uma aluna 7 nas matérias que não sou tão boa).
Nesses poucos meses que fiquei fora sofri várias desilusões amorosas; acho que isso não é mais uma surpresa pra vocês, amar sozinha foi só uma delas, porque nesse pouco tempo conheci vários tipos de homem. Mas isso já é assunto pra outro post. Prometo não ficar fora por tanto tempo dessa vez, até um próximo post.
Desculpa, mas os caras dos livros não existem, eles se perderam no meio da tantas páginas, de tantas histórias e resolveram ficar por lá. Com certeza eles concluíram a mesma coisa que eu: os livros são muito melhores que qualquer realidade que vemos por aí. Não precisamos de muito pra enxergar isso. Como uma amante do mundo dos livros posso dizer com toda certeza do mundo que se me mandassem escolher entre viver nesse mundo e viver dentro de uma história, sem pensar duas vezes escolheria um romance e mergulharia de cabeça nele.
Quem se apaixona pelo mocinho da história sabe bem como é procurar alguém exatamente igual a ele e se sentir frustrada por não achar ninguém que ao menos se pareça com aquele que cara todo romântico e sem jeito do seu livro.
Toda garota por mais que diga que esses caras não existem e que tudo isso é babaquice, sonha em viver um romance daqueles que só se vive uma vez na vida com uma cara que seja um pouquinho parecido com nosso tão querido Augustus Waters; que roubou o coração de muita gente pelo mundo a fora; mas que sobreviva no final da história.
Nem na aparência, nem no jeito, nem nas palavras os homens se parecem com nossos personagens preferidos. Não me julguem por eu estar generalizando, mas com base nas minhas desilusões amorosas afirmo isso sem gaguejar.
Mas conformada com tudo isso, só digo que nossos "homens perfeitos" só aparecerão no momento certo, mas sendo aquele cara todo errado, sabe?! Pode até parecer história de Hig School Musical, mas se não acontecer uma história parecida é porque seu personagem da vida real provavelmente não foi inventado na sua cidade.