Escritora de Boteco


Nunca me imaginei numa situação como essa, sentada em uma mesa de bar, com alguns petiscos na mesa, um copo de coca-cola e ninguém pra me fazer companhia. Eu costumava vir aqui com os meus amigos, mas hoje eu me vi completamente sozinha.

Como sempre ando com um caderninho e uma caneta na bolsa resolvi despejar tudo que ainda tinha de sentimento em mim naquele caderninho de capa rosa, pobre caderninho, que teve que me escutar durante horas.

Consegui preencher as poucas páginas que faltavam pra completar o caderno, lá escrevi sobre amores, sobre amizades, sobre estar ali sozinha e sobre como eu me sentia sozinha.

Com todas as folhas completamente preenchidas não tive outra opção a não ser deixar meus escritos nos guardanapos da mesa; me senti um pouco como aquele cara que sempre assina como "Eu me chamo Antônio" em vários guardanapos dos bares por aí.

E foi assim que eu passei uma noite de sexta, num bar, sozinha, escrevendo, talvez um dia desses isso aqui ainda dê um livro.

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